weLISTEN | The Strokes - "Under Cover of Darkness"

Quarta-feira, dia 9 de fevereiro de 2011. Desde 2006 estivemos órfãos de novas músicas de uma das minhas bandas preferidas (atrás somente dos Beatles e Arctic Monkeys). Tudo bem que Little Joy, Nickel Eye, Phrazes for the Young entre outros aconteceram, mas por mais perfeitos que esses projetos tenham sido, ainda não eram músicas dos Strokes por completo.

Passei o dia de ontem inteiro imerso em problemas e atribulações do cotidiano (estágio, reinício de faculdade, contas, etc) e esqueci completamente que dia 09/02/11 teríamos um release dos meus nova iorquinos preferidos. Foi minha mate Debz, btw também integrante deste humilde blog que me lembrou de tal fato histórico. Depois de me xingar de todos os nomes por ter esquecido, entrei no site da banda e me cadastrei. Foram os 5 minutos mais torturantes da minha vida até receber o e-mail de volta com o link para baixar a música. Por estar sem internet at my place e tendo que usar o wi-fi de um colega que mora no prédio ao lado, levou 11 minutos para se baixar um arquivo de 9 MB. Passada a tortura, botei no iPod e fui apreciar a música pela primeira vez de um jeito nunca antes experimentado por moi: fui me exercitar a noite, correndo em volta de minha universidade (Unicamp).

Depois dessa introdução desnecessária para a população mundial (menos para yours truly), falemos da faixa. De fato parece que voltaram ao estilo de Is This It. Nikolai disse que eles retornariam ao básico, ao início. E é isso mesmo que percebi ouvindo a canção. Tem alguma coisa nas músicas dos Strokes que me dá uma sensação daquela nostalgia boa, de juventude bem aproveitada e de outros sentimentos inexplicáveis. Muitos dizem que essa banda é overrated. I beg to differ. Os solinhos e riffs intercalados e sobrepostos de Albert e Nikolai, a bateria limpa característica de Fab, o baixo forte e em evidência do Nick aliados aos vocais arrastados de Jules me dão essa vibe fuck the world. "Under Cover of Darkness" tem um solo corajoso e um refrão que aposta em harmonias bonitas (quase pop, if you don't mind me saying). A única crítica negativa que tenho desse release é a arte da capa (que para minha pessoa poderia ser bem melhor) ou seja, nada que tenha uma real importância.

A Rolling Stone disse que esse será o melhor álbum desde Is This It. Se essa faixa é um prelúdio do que virá pela frente, estou ainda mais ansioso pelo dia 21 de março de 2011. E que venham os ângulos.